Cabo Frio Sitiada.
Cabo Frio viveu ontem, 25 de novembro, momentos de terror e pânico, no bairro de São Cristóvão por ordem de traficantes, da comunidade do Lixo, o comércio foi totalmente fechado, caso a ordem não fosse cumprida se iniciaria um arrastão de incêndios.
O comércio do centro da cidade não teve destino diferente, com medo de represálias do tráfico as lojas fecharam suas portas transformando nossa cidade em refém de bandidos.
Não pretendo fazer nenhum tipo de uso político desse momento, mas é fato que a ordem do tráfico em fechar o comércio aconteceu depois que o Prefeito Marcos Mendes (PSDB) em entrevista a INTER TV afirmou que “Aqui
Em um raro momento da minha vida concordo com Marcos Mendes, bandido realmente não tem que ter vez
Portanto Marcos Mendes cuidado com suas palavras nesse momento, use sua influência junto ao Governador Sérgio Cabral e mande de volta os policiais do nosso 25º BPM-RJ e nos tire dessa enrascada que as UPPs (Unidades da Polícia Pacificadora) nos colocou.
Motorista é rendido e veículo é incendiado no Jardim Esperança.
Mais um carro foi incendiado em Cabo Frio, na Região dos Lagos. A ação na noite desta quinta-feira (25) aconteceu na Estrada Velha de Búzios, no bairro Jardim Esperança. PMs do 25º BPM (Cabo Frio) informaram que um criminoso parou um Celta, ordenou que os ocupantes saíssem e em seguida ateou fogo no veículo. Ninguém ficou ferido e o criminoso conseguiu fugir antes da chegada da polícia ao local.
Fonte: G1
Carro incendiado na Rua Vitória esquina com Rua Porto Alelgre.
Três homens incendiaram um Fiat Siena branco que estava estacionado na Rua Vitória, esquina com a Avenida Porto Alegre uma das mais movimentadas de Cabo Frio, na Região dos Lagos, na noite desta quinta-feira. De acordo com testemunhas, três homens passaram de bicicleta e gritando. Em seguida, atearam fogo no veículo. Os vizinhos saíram à rua com baldes tentando apagar as chamas, que se alastraram rapidamente. Quatro carros da Policia Militar chegaram ao local em seguida . Duas guarnições dos bombeiros também chegaram e controlaram o fogo.
Fonte: O Globo
“Segredos de Cozinha” e Baile do Rubi
Infelizmente a cobertura que daríamos ao lançamento do livro “Segredos de Cozinha” e o “Baile do Rubi” organizado pela OAB de Cabo Frio foram canceladas.
Devido a esse momento de incerteza na segurança pública municipal preferimos nos manter na sensação de segurança do nosso lar e com isso cancelamos a cobertura fotográfica dos dois eventos.
Thaís Lima
UPPs, UPAs versus CV e CVRL. Por César Pinho
As siglas inventadas pelo atual governador do Estado, Sérgio Cabral, causaram sensação à camada mais privilegiada da sociedade que acredita em siglas como solução dos problemas. È fato no Brasil de que quando uma sigla não pega, ou não atinge o objetivo, muda-se o nome para evitar desgaste. Bom, na minha opinião, sigla não serve para nada, exemplo disso, é a CIA (a agência de espionagem norte americana que só serve para criar problemas e não se iludam se agentes dela não estiverem por detrás dos últimos acontecimentos entre as duas Coréias).
A inteligência brasileira sempre foi uma lástima e não fosse o suporte norte americano neste aspecto, a luta armada no Brasil teria sido muito mais difícil de ser combatida. Os agentes brasileiros, os chamados arapongas, aprenderam com os americanos a torturar e matar, igualzinho como eles fazem com os muçulmanos na prisão de Guantanamo (na ilha Cubana).
Mais uma vez observamos a inteligência brasileira ser enganada. O crime organizado se rebelou contra as siglas do governador e resolveu colocar o bloco na rua. O aparelho de segurança do estado foi pego de surpresa. Surpresa!?
E agora, com base ainda nas informações da inteligência, surgem comentários que as UPPs não promovem a migração da criminalidade para o asfalto e nem para a periferia do Rio. Onde mesmo, cara pálida?
E os carros que foram queimados
Aí vem aquela conversa mirabolante de que os comandos da segurança já identificaram um traficante “hospedado” no presídio federal de Catanduvas como o mandante dos últimos ataques.
Isso realmente é atentar contra a nossa inteligência e menosprezar a capacidade dos chefões do crime organizado que estão à frente das quadrilhas que dominam todo o Estado. Eu disse todo o Estado. Não são só morros e favelas. É no Estado inteiro.
Vejamos: se as UPPs não promovem a migração da criminalidade para a periferia do Rio, como a inteligência da polícia explica a quantidade de fuzis de grosso calibre na região, como explica os carros incendiados e os PMs executados?
Vejamos que o crime organizado tem siglas mais firmes do que estas que os políticos costumam inventar.
O crime organizado no Rio começou a se organizar quando a inteligência do aparelho de segurança colocou dividindo os mesmos espaços os chamados presos políticos e os bandidos da época (década de 70), quando o forte da criminalidade era assalto a banco.
Surgiu a partir daí a Falange Vermelha, que era mais ou menos um INSS do crime organizado. Os bandidos que estavam presos e suas famílias, recebiam benefícios daqueles que estavam à frente do crime, que começava a explorar com mais vigor o tráfico de drogas. Era mais ou menos um seguro desemprego.
Mas veio uma turma mais forte e resolveu que o crime organizado deveria ter um exército para proteção do negócio e alavancar outros negócios como roubo de carga, roubo de automóveis, seqüestro, etc. E a organização do crime foi crescendo enquanto a inteligência do aparelho de segurança estacionava. Surgiu então o Comando Vermelho com a sigla CV. E num episódio dramático onde morreram policiais e bandidos, no conjunto dos bancários, o assaltante de bancos Zé Bigode, sustentou mais de 12 horas de tiroteio contra a polícia. O fato é narrado no livro 400 contra um de, William da Silva Lima, o “Professor”, tido como um dos criadores da Falange Vermelha.
Depois disso surgiu uma nova versão para o Comando Vermelho, isso já no final da década de 80. Tomou posse do Comando Vermelho, o traficante Rogério Lengruber, o Bagulhão, que inventou o Comando Vermelho Jovem, que passou a recrutar jovens, especialmente aqueles que iam para a reserva do Exército e aprenderam a atirar com vários tipos de armas, a manusear fuzis como o AR15 e que receberam cursos de comando.
A partir daí se firmou a sigla CVRL que identificava o Comando Vermelho Rogério Lengruber, com essa nova filosofia do enfrentamento. Então, como povo, teremos que observar o desfecho da história e saber quem vence, quais siglas sobreviverão ao massacre.
Que o governador e seus apaniguados como o prefeito de Cabo Frio aprendam que a lei do mundo ainda é dente por dente, olho por olho. Afinal, as mais de 400 mil pessoas que sobrevivem do tráfico de drogas no Estado do Rio precisam sobreviver e elas, aparentemente, não sabem fazer outra coisa senão dar tiro, jogar granada, soltar morteiro, endolar a droga, vender, servir de avião, montar um estica da boca e por aí vai.
Não vimos em nenhum momento, Senai, Sesc, ou qualquer outra sigla ser oferecida àqueles que ainda vivem sob o manto das siglas do crime organizado.
Violência, não se combate com violência. Aprenderam?!