ASSIM CABO FRIO TRATA SEU PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Por Beth Michel

Oi amigos,

Vejam algumas fotos das nossas mais recentes ruínas cabofrienses - fachada da Casa Wolney. Não posso deixar de mencionar que quando falei com Ivo Barreto ( Esc. Técnico do IPHAN) ele me disse que já tinha conhecimento do fato, pois na última reunião do Conselho de Patrimônio a Cristina Ventura ( Casa Scliar) havia mostrado as fotos, comentário dele: " Fiquei horrorizado" ( sic)

E como me disse que ele nada mais podia fazer , lhe pedi a documentação sobre o acordo que ele intermediou com o MPE, o proprietário e a prefeitura, que teriam se comprometido em reconstruir o imóvel ( imagine se não...), mas até agora não recebi nada (!?).Só tenho o número do processo, que me foi enviado muito gentilmente pelo Manoel Vieira, já que eu havia perdido a documentação quando do ataque de hackers que detonou o meu HD. Numero do processo impetrado pela MPERJ que está na Justíça é o 2007.011.009189-1.Nele há pelo menos duas Decisões Judiciais que não foram cumpridas

Tivemos uma reunião com pessoas que estavam na luta pela manutenção da Casa desde o início e consultei a outros igualmente interessados em solucionar o caso. E chegamos à conclusão que devemos arguir responsabilidades em duas frentes: Corregedoria do MP e Ouvidoria do IPHAN ( Brasilia), independentemente de outras ações pontuais, como protestos etc.

Hoje mesmo a Meri Damaceno ( INEPAC) esteve no canal 10 e consegui fazer uma moção de repúdio no ar ( conforme me havia prometido ontem). Se alguém mais tiver alguma idéia me avisem e aos demais, que trataremos de por em prática, doa a quem doer.

Sugiro também uma carta ao Conselho de Patrimônio (recentemente criado) que embora não tenha poder executivo seguramente pesará na balança.

Autorizo publicação.deste e das fotos em anexo ( Bernard Michel) tiradas no dia de ontem.

Já á Crônica "AVE CAESAR" é de prioridade do Cartão Vermelho, mas creio que o Alex não se oporá à publicação posterior.

Abraços Beth Michel

AVE CAESAR

Beth Michel

O momento de total retrocesso que atravessa o município de Cabo Frio – e a bem da verdade o país inteiro; leva qualquer um que se disponha a refletir sobre o assunto, a voltar aos bancos escolares, e às aulas de história. Na juventude minhas matérias formais favoritas eram geografia e história e em especial a história antiga - Egito, Grécia e Roma; o que ocorria naqueles tempos remotos me pareciam coisas fascinantes e impossíveis de acontecer nos dias atuais. Quanta ingenuidade! A história se repete em ciclos que seguem uma progressão geométrica no sentido inverso, tanto de ordem temporal como em termos de gravidade. Ou seja, o intervalo entre os ciclos é cada vez menor e os fatos são tanto mais graves, quanto maior seja a ciência, ou melhor, dizendo, os progressos tecnológicos.

Nesta minha regressão voluntária a um período da história tão distante no passado, me vieram à mente vários aforismos e provérbios latinos, que achamos oportuno postar ao final das Quentinhas do Cartão Vermelho. Mas a mente não descansa e a gente acaba pensando nos contextos em que tais expressões foram forjadas.

Por exemplo: as obras de “revitalização” na nossa Praia do Forte me remeteram automaticamente à “Teia de Penélope”. Casada com Ulisses um grande guerreiro grego, Penélope para se manter virtuosa e fiel ao seu marido, e para evitar os pretendentes disse que só voltaria a se casar depois de terminar uma tapeçaria (alguns dizem que se tratava de um bordado) e para adiar o fim da “obra” tecia durante o dia e desfazia o trabalho durante a noite. Para muitos a “Teia de Penélope” é a representação da fidelidade conjugal, mas para outros (como eu) simboliza uma obra cujo fim é interminavelmente adiado. Agora mesmo enquanto escrevo, máquinas da prefeitura de Cabo Frio retiram as pedras colocadas na praia – e que desde o início todo mundo sabia que não ia solucionar o problema; para empilhar no calçadão. Para que? Citei somente a Praia do Forte, porque é o “assunto” do momento, mas existem outras “teias” que também parecem ser infindáveis, como as obras do Teatro Municipal, as inúmeras e consecutivas reinaugurações do Charitas, os quebra-quebra em varias vias públicas sem que haja uma real finalidade e/ou benefícios, como as obras da Gamboa e da Francisco Mendes supostamente para escoamento de esgoto, mas curiosamente, não se podem ligar as tubulações dos imóveis a tal rede de esgoto.

Já muitos candidatos para estas (e outras) eleições usam o tempo que lhes é dado gratuitamente na televisão para bater no peito e dizer: “Eu sou ficha limpa!”; como se fosse uma virtude, ou uma coisa excepcional – acima e além do dever. Ser honesto não é virtude, é obrigação! O que me remete ao dito latino: À mulher de Cesar não basta ser honesta, ela tem que parecer honesta. E nada parece mais desonesto do que o elogio de boca própria. Mormente se o elogio é algo que, em principio, é uma condição básica para lidar com a “res publica” (coisa pública).

E as técnicas para manter o povo apaziguado e silente – depois de mais de 2.000 anos; continuam as mesmas “panem et circensis” (comida e diversão), distribuição de cestas básicas, promoção de “churrascos” ou “feijoadas”, festas ou eventos laicos ou religiosos, onde sempre existem agradecimentos aos “apoiadores” e se abrem os microfones para que estes façam uso da palavra, e em o fazendo - via de regra - eles partem para uma autopromoção que nada tem a ver com a festa ou o tema inicialmente proposto.

Saúde e outros benefícios sociais, que nos tempos chamados “heróicos” da humanidade, eram praticamente inexistentes, com o avanço da ciência (na saúde) e com a abolição (teórica) do trabalho escravo, passaram a ser itens ambicionados pelos plebeus, tendo em muitos casos conotação de ascensão nas camadas sociais mais estratificadas. Políticos e empresários viram nesta ambição popular um filão para obtenção de vantagens e aprovação da massa. E criaram o que eu chamo de efeito “brotoeja”, pelo seguinte: durante três meses a cada dois anos pululam novas fórmulas de ofertar empregos, ações de assistencialismo, e inauguração de novas unidades de saúde. Passadas as eleições – e não importando o resultado delas; tudo passa a não funcionar como o “previsto”. Tal como a brotoeja infantil que brota no verão, e com tratamento (ou não) vai embora com a chegada do outono.

Educação!? Para que educação !? Se a ciência subjugou a sabedoria, de que nos serve a nós, ou àqueles que usam nosso cabedal de conhecimentos em proveito próprio, informar nossas futuras gerações? De que serve todo este vasto conhecimento, se não nos for concedida igualmente a sabedoria para usá-lo em proveito de todos? Quando os poderes instituídos por nós mesmos vandalizam e apagam a nossa memória, como fizeram ao autorizar a demolição da Casa Wolney, e nós dizemos com um pequeno aceno de cabeça: “que pena!”; estamos aceitando, nos submetendo e até estimulando a lavagem cerebral nossa de cada dia. Acomodação ou covardia, como se concluíssemos que ninguém pode nos tirar aquilo que não temos...

Vários governos autoritários recentes, não só são tão (ou mais) violentos contra os dissidentes, como também, tentam disfarçar seus desmandos sob a égide de uma pretensa “ordem pública”. Luís XIV – rei da França pelo menos teve a decência de mandar gravar em seus canhões – a guisa de aviso; a divisa latina: “ULTIMA RATIO REGUM” (O último argumento dos reis), e isto que ele fazia parte de uma dinastia de reis absolutistas, ou seja, com poderes absolutos e não passíveis de contestação e questionamento. Nós civilizados e modernos, nem aviso merecemos. Se levarmos em conta que a violência chegou até mesmo a algo que é inerente à condição humana – a liberdade de pensamento – o que mais nos resta?

Pensem leitores! Ou por outra, melhor pensar, mas não verbalizar seus pensamentos... O que nos resta? O que ainda nos faz humanos, se deixamos e até compactuamos com aqueles que nos roubam tudo que nos faz sermos dignos de assim sermos chamados: humanos!?

Sugiro que voltemos aos tempos da Roma Antiga, vamos todos para um Coliseu, com cadeias nos tornozelos, as poucas e frágeis armas que ainda nos permitem, a nós pobres idiotas e despossuídos. E antes de enfrentar os leões que sairão famintos de suas jaulas para nos atacar, dilacerar , e nem sequer aproveitar da nossa carne como alimento, pois somos para estes animais menos apetecíveis do que a carniça, façamos uma derradeira reverencia aos nossos algozes! Nós os escolhemos, alimentamos e bajulamos para que chegassem onde estão. E juntamente com a reverencia dada - antes de lutar por uma derrota certa e inevitável; vamos imitar aqueles gladiadores, mais valorosos e decentes que nós, e dar o derradeiro brado:

Ave, Caesar, morituri te salutant!

Salve Cesar, aqueles que vão morrer te saúdam

Afasta-te da aparência do mal

“Se falei mal, dá testemunho do mal; mas se falei bem, porque me feres?” João 18.23

O texto acima se refere ao momento em que Jesus estava preste a ser encaminhado a presença de Pilatos para cumprir o plano de Deus: sua crucificação com objetivo de redimir-nos do pecado e viver sob sua Graça.

É preciso ser extremamente santificado para um perfeito entendimento de tudo aquilo que Jesus disse e deixou para nosso aprendizado. Temos muito a aprender.

Ser Cristão não é uma tarefa nada fácil porque diariamente estamos lutando nessa arena do mal que é este mundo, onde vivemos tribulações diárias. O mundo jaz no maligno, revelou-nos Jesus.

E será que os fatos do início deste século deixam dúvidas em alguém sobre tal afirmativa?

São tantas desgraças, tantas maldades, tanta violência contra o próprio ser humano, em especial as crianças!?

No nosso pequeno mundo aqui em Cabo Frio, uma terra abençoada por Deus pelas belezas que podemos observar, nada disso é diferente.

Observamos a inveja, a ganância e a falta de respeito, as mesmas que podemos enxergar em todo mundo globalizado.

É desta forma que pretendo sair em defesa do legítimo prefeito de Cabo Frio, Alair Corrêa, ao observar as ignorâncias e absurdos nos ataques sofridos por ele de vereadores falcatruas de Cabo Frio, que chegaram a ponto de atacar a moral e a família de Alair.

O mais veemente nas críticas, por incrível que pareça, foi “o crente” Silas Bento. Seria uma situação por demais cômica se não se tratasse de uma tragédia!

Como pode um homem que se diz Cristão, ter a ousadia de descer aos degraus do inferno para atacar um homem transformado pela fé e que tem buscado sua salvação?!

Tenho acompanhado essa busca de Alair e posso afirmar, sem qualquer medo de errar: Alair não precisa da prefeitura, Deus vai dá-la a ele como presente porque Alair já conquistou um outro reino: o reino dos céus.

Qualquer Cristão tem por obrigação de ajudar ao neófito a trilhar o caminho da salvação e não espezinhar, tem que evitar que o novo convertido olhe para trás e veja o mundo das vaidades que deixou para trás.

Nem penso em dar conselho a ninguém, estou apenas exercitando meu poder de desabafo, tamanho foi o absurdo deste ataque à pessoa de Alair que não falou mentiras ao mencionar que o vereador Silas Bento é um vereador muito caro para Cabo Frio.

Ora, bem disse meu irmão e amigo Dirlei Pereira: os vereadores de Cabo Frio perderam a vergonha!

Perderam sim e não estão conseguindo mais achá-la. Já perderam há muito tempo e não sabem onde perderam. Apenas perderam. Misturaram-se com os porcos e estão comendo farelo.

Todo mundo tem conhecimento da estratégia: a melhor defesa é o ataque.

Ora bolas, é uma estratégia muito boa para não ter que explicar o que foi agravado.

Silas Bento bateu forte, como outros vereadores o fizeram.

Mas ele como crente, tem por obrigação pedir perdão publicamente pelo ato absurdo.

E precisa começar explicando suas histórias eróticas como aqueles “Leopardos”, rapazes eróticos da Galeria Alasca, de Copacabana, que agradavam as mulheres com danças sensuais.

Que aventuras eróticas são essas Silas? Com quem as praticou?

Ele precisa também explicar agressões à mulher e a demora de um ano para reconhecer os filhos.

Afinal, ele flutua no meio evangélico, tem apoio de pastores e beneficia muitos parentes deles em Cabo Frio.

Precisamos entender toda essa questão para que possamos avaliar onde foi que os vereadores perderam a vergonha!

O melhor a fazer é se afastar da aparência do mal.

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Mulher de deputado morre em acidente

Gisele Martins de Souza, esposa do Deputado Federal Dr. Paulo César (PR), morreu na tarde de sexta-feira, dia 17 de setembro, em acidente na Estrada do Guriri, que liga Cabo Frio a Buzios, na Região dos Lagos. Gisele voltava com duas amigas de uma carreata do marido em Búzios.

Segundo informações, um caminhão da empresa Mentamac, que faz recolhimento de entulho de obras, se desgovernou e bateu de frente com o carro de Gisele, que dirigia o veículo. As três foram socorridas na UPA. Gisele não resistiu e as duas amigas, ficaram internadas, uma com traumatismo craneano e a outra com fratura exposta na perna.

O Deputado estava em ouro carro e teria assistido o acidente.

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Do Blogue Freelancer Digital

O radialista Gilson Peres, apresentador do Gilson Peres Repórter, na TV Litoral, sofreu um infarto e está internado na Casa de Saúde de Cabo Frio. Segundo informações da família, Gilson teria passado mal em casa, de madrugada, e foi levado para a UPA do Parque Burle pela mulher, Helô. Segundo parentes, na UPA Helô teve que tirar Gilson do carro sozinha porque ninguém teria ajudado. De manhã ele foi transferido para a Casa de Saúde. Apesar da rede de boatos, enfermeiros da UTI da Casa de Saúde informam que Gilson já está bem, e que o estado dele é estável (está lúcido e recebendo os cuidados e carinhos da incansável companheira, Helô). O Blog Freelancer Digital torce pela rápida recuperação deste amigo de longa data.

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Um infarto fulminante matou, hoje à tarde, o secretário de Governo de Cabo Frio, Alfredo Barreto. Ele tinha 58 anos, e começou a passar mal durante a caminhada do candidato ao senado Lindberg Faria, entre Saquarema e Iguaba Grande. A carreata continuou até Búzios, mas Alfredo, não. Ele foi levado para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Parque Burle, em Cabo Frio, onde morreu por volta das 16h35min. Segundo informações, há alguns dias o secretário vinha fazendo uma série de exames porque não estaria se sentido bem.Professor nas redes pública municipal e estadual de ensino, Barreto já ocupou a presidência do Sindicato dos Profissionais da Educação. Foi vereador no período de 1993 a 1996 pelo PT; atuou em 1998 como Coordenador de Educação do Estado da Baixada Litorânea I; em 2005 foi subsecretário de Meio Ambiente de Cabo Frio; em 2007, secretário de Agricultura; atualmente ocupava a secretaria de Governo.
Desportista, atuou durante muitos anos no Futsal cabofriense, quando o esporte ainda se chamada Futebol de Salão. Era casado com a atual secretária de Educação de Cabo Frio, Laura Barreto, com quem tinha filhos. Segundo informações, durante a caminhada, em Búzios, Barreto estava passando por momento de grande estresse devido às reclamações de atraso no início do evento político. Ainda não há qualquer informação sobre o velório de Alfredo Barreto, que deve ser enterrado neste sábado. Nossos sinceros sentimentos à Laura Barreto e à família de Alfredo.




TÁ CHEGANDO A HORA!


CORREGEDORIA DE JUSTIÇA DO TSE EXIGE EXPLICAÇÕES DO TRE-RJ SOBRE A SITUAÇÃO ELEITORAL DE CABO FRIO QUE MANTÉM UM FICHA SUJA NO PODER.


Publicação: 5

Data de Publicação: 10/09/2010

Jornal: Tribunais Superiores

Tribunal: TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

Vara: CORREGEDORIA ELEITORAL. Atos do Corregedor

Seção: DJ Seção Única

Página: 00003

PROCESSO Nº 10.899/2010-CGE


INTERESSADOS :


ASSOCIACAO DE AMIGOS ATUANTES DA REGIAO DOS LAGOS (ASAARL)


CLUBE DOS ADVOGADOS DE CABO FRIO (CACF)


ASSOCIACAO DO MOVIMENTO DE DEFESA DOS INTERESSES DOS MORADORES DE TAMOIOS EM CABO FRIO (S.O.S. TAMOIOS)


ACADEMIA CABOFRIENSE DE LETRAS (ACL)


RELATOR PROTOCOLO: MINISTRO ALDIR PASSARINHO JUNIOR 26.453/2010 - TSE


D E C I S A O:


“Autue-se. Trata-se de pedido de providencias formulado pela Academia Cabo-friense de Letras (ACL), pelo Clube dos Advogados de Cabo Frio e pelas Organizações Não Governamentais Associação do Movimento de Defesa dos Interesses dos Moradores de Tamoiosem Cabo Frio (SOS TAMOIOS) e Associação de Amigos Atuantes da Região dos Lagos (ASAARL) contra o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE/RJ) em decorrência de alegada violação do principio constitucional da razoável duração do processo e de sua celeridade, especificamente quanto aos Recursos Contra Expedição de Diploma n os 109 e 110, e Recursos Eleitorais n o 309 e 7.122, todos referentes ao município de Cabo Frio/RJ. Requereram, em preliminar, seja oficiada a Presidência do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro para que tenha ciência deste pedido de providencias, que informe a esta Corregedoria-Geral a data de distribuição, a fase atual e as providencias tomadas para o julgamento dos mencionados processos. Noticiaram, ainda, o anterior processamento, perante este órgão correcional, de postulação semelhante que deu ensejo ao Procedimento Administrativo n o 28.942/2009-TSE, em cujos autos foram determinadas providencias para atendimento a prescricao constante no art 5º LXXVIII da Constituição da Republica em relação a processos envolvendo o município de Cabo Frio adotadas conforme informações prestadas a época pela Presidência do TRE/RJ o que os ora peticionários sustentam tratar se de juntada de novos documentos proferindo despachos meramente ordinatórios (leia se protelatórios) favorecendo com isso os crimes cometidos por MARCOS DA ROCHA MENDES nas eleições de 2008 (fl 6) Pugnaram: pela conversão deste pedido de providencias em representação por excesso de prazo, "com a determinação de avocação dos autos", a ser submetido a apreciação do Plenário deste Tribunal Superior "nos moldes do art. 198 do Código de Processo Civil e art. 22, `h` do Código Eleitoral", na hipótese de não atendimento de tais determinações; "pela remessa dos autos a Procuradoria Geral Eleitoral, para que deflagre o competente pedido de desaforamento", caso se entenda que a avocação não se possa dar de oficio; pela procedência deste pedido de providencias e caso convertido em representação por excesso injustificado de prazo para determinar a instauração de procedimento visando a apuração de responsabilidade com conseqüente aplicação das sanções cabíveis nos moldes do art 43 e 44 da LOMAN aos responsáveis "pela extração de pecas a Procuradoria Geral Eleitoral a fim de que seja oferecida denuncia, com a conseqüente deflagração da ação penal em face do Presidente do Tribunal Regional Eleitoral ou dos responsáveis, para apuração do crime descrito no art 345 do Código Eleitoral Dado o exposto, considerando a existência de feito anterior processado nesta Corregedoria-Geral envolvendo o mesmo município e a alegação de que a noticiada a restauração da regular tramitação dos processos correspondentes traduz manobra procrastinatória, oficie-se a Presidência do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, para que preste informações sobre os fatos narrados no prazo de 15 (quinze) dias, especialmente quanto a tramitação dos Recursos Contra Expedição de Diploma n os 109 e 110, e dos Recursos Eleitorais n o 309 e 7.122, inclusive previsão das respectivas sessões de julgamento. Recebidas, conclusos.


Brasilia, 3 de setembro de 2010.


Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR Corregedor-Geral da Justiça Eleitoral."


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TENHO MUITO ORGULHO DOS MEUS FILHOS



Nos últimos quinze dias, participei de vários eventos onde demonstrei a minha posição contrária à aprovação da construção de um prédio de seis andares na orla da praia de Cabo Frio e à antecipação da eleição do Presidente da Câmara, quando foi eleito o Vereador Silas Bento.


Esses absurdos foram por mim contestados, através de protestos e inflamados discursos, principalmente, porque alguns Vereadores resolveram defender sua própria pele, seus parentes e o Governo.


No campo político, meu posicionamento foi muito criticado, principalmente, por Luiz Geraldo e Alfredo Gonçalves, a quem responderei depois. Mas, infelizmente, o Vereador Silas Bento resolveu me atacar no campo pessoal, envolvendo minha família e fugindo a uma tradição da história política de nossa cidade, a falta de ética de envolver as famílias dos políticos nas discussões.


Durante quarenta anos, briguei com José Bonifácio, Ivo Saldanha, Timinho e muitos outros, mas sempre respeitando o campo político-ideológico, nunca passei para o campo familiar, como fez agora o Vereador Silas Bento.


Silas Bento, destemperado por ter sido desmascarado e citado como um Vereador caríssimo para nosso povo, disse o seguinte: “Deputado, eu tenho filhos com uma só esposa! Não tenho filhos por fora, como o senhor. O senhor esconde esses filhos ‘porque não são do seu casamento’”.


Quanta falta de respeito! Silas se diz evangélico, mas se comporta como um verme…


Amigos, antes de falar sobre os meus filhos, gostaria de fazer alguns comentários sobre Silas Bento, o novo “paladino da moral e dos bons costumes cabo-frienses”.


Como já falei, trata-se do Vereador mais caro para os cofres públicos de Cabo Frio. Acredito, que por causa de suas empresas, colocadas em nome de amigos e parentes, das Portarias e das nomeações encabeçadas por sua esposa, no valor de R$ 4.500,00 (temos contracheques), Silas Bento deve receber uma fortuna por mês. Ele ficou tão desesperado com minha denúncia, que resolveu atacar a minha vida pessoal e falar dos meus filhos.


Na verdade, Silas é um crente vira-lata! Ele é mentiroso e dissimulado!


Em seu gabinete, às escondidas, agia como um galanteador barato e se aproveitava de mulheres que o procuravam para se socorrer das dificuldades. Lembro-me muito bem do Silas entrando no meu gabinete, rindo de suas aventuras eróticas, que por varias vezes me confidencio, não foram poucas, mais em respeito aos meus leitores não vou citá-las.


Hoje, quero mandar um recado para o Silas: Não fico, como você, dentro das Igrejas, tentando mostrar aos outros o que, na verdade, não sou! Você não tem decência! Você é uma piada!


Para encerrar, digo a você e a todos, que não tenho nenhum motivo para esconder os meus filhos.


Todos são bonitos e muito amados por nós!


Além do Marcelo, Marcio, Andréa, Karina e Carolina, têm também o Ulisses, de 18 anos e a Camila, de 28 anos, que se casou e me deu mais um filho, o Sávio.


Silas, a foto mostra melhor minha lindíssima família! Eu sou assim, verdadeiro e autêntico, não preciso esconder nada, muito menos os meus filhos!


Marcelo e Daiane/ Andréa e Toninho/ Karina e Dudu/ Carolina e Helton/ Camila e Sávio/ Ulisses


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VERGONHA NA CARA, SENHORES VEREADORES




Por Dirlei Pereira


O poder legislativo de Cabo Frio há anos passa por um paulatino processo de degradação de sua imagem, sejamos justos. Mas a bem da verdade, as críticas feitas aos vereadores de outrora em nada pareciam com as que são feitas aos atuais edis. O que se condenava no passado era, por exemplo, uma mudança brusca de hábitos sociais. Uns, nem bem começavam a esquentar a cadeira e já deixavam de freqüentar os ambientes de antes. Enquanto alguns mudavam de casa e de bairro, outros mudavam até de mulher.


Mas hoje a história é outra. A repulsa da população não é somente ao comportamento social de Suas Excelências. A indignação é de ordem moral, é de atitudes, ou melhor, da falta delas. E o que falta não são apenas atitudes. Não, não, não, três vezes não! Falta muito mais aos senhores representantes do povo. Falta vontade política, coerência e ética. Falta respeito à população e ao dinheiro público. Falta amor a terra. Falta amor aos que sofrem e aos que morrem nas filas dos hospitais e postos de saúde. Falta respeito aos funcionários municipais que, com seus salários de fome, assistem a uma autêntica farra de gordas portarias, dadas a apaniguados de vereadores e de secretários. Falta visão social, em razão da falência generalizada do comércio da cidade, desempregando a milhares de pessoas, sem que nenhuma voz se levante no legislativo. Falta vergonha. Sim, falta vergonha.


Vergonha na cara, senhores vereadores!


Já não se faz mais vereador como antigamente. Que saudade de Onias Cordeiro, pela simplicidade e de Ana Célia, que a todos fazia rir, embora sempre zelosa. Saudade do combativo, aplicado e polêmico Osmar Sampaio, de Hermes Araujo, um autêntico representante dos mais humildes e de Aroldo Menezes, por sua eloqüência. Saudade de Aroldo Francisco, de Mauro Azevedo e de Wilmar Monteiro, que não levava desaforo pra casa. Saudade, até mesmo, de Geraldino Neves, o Cravinho, que quando acuado da tribuna por Alcineides Souza, disparava: “Vossa esselença tá ofendendo minhaesselença”. Saudade de Walter Bessa, com seus vibrantes discursos, sempre conseqüentes.


Saudade dos vereadores da legislatura 1983/1988 (eram 15 à época), entre os quais me incluo. Em 1986, fecharam a Câmara e, na companhia do então prefeito Alair Corrêa e do saudoso deputado Leônidas Sampaio, fizeram uma verdadeira peregrinação até a capital federal. Ida e volta foram três longos e cansativos dias, de ônibus. As refeições eram os sanduiches servidos por João Garçom, o João da Praia do Siqueira. Em Brasília, acamparam na esplanada dos ministérios e de lá só saíram quando foram recebidos pelo Ministro das Minas e Energia, o cearense César Cals. O resultado daquela memorável reunião foi a inclusão de Cabo Frio na lista das cidades produtoras dos royalties do petróleo (até então figurava como limítrofe), uma conquista histórica da sociedade cabofriense.


Tinha-se respeito com os cidadãos. Cultivava-se um sentimento bom, que suplantava os interesses pessoais, políticos e partidários. Havia uma espécie de romantismo na política local, que se foi, paulatinamente, esvaindo, desde que no lugar do governo municipal entrou uma organização criminosa. Encastelada nos porões sombrios da Praça Tiradentes, essa organização criminosa ramificou seus tentáculos diabólicos por toda sociedade. Como em um câncer algumas células malignas podem se desprender do tumor original e se instalar em outras partes do organismo, assim as metástases desse tumor cancerígeno corrompeu famílias tradicionais, aliciou líderes religiosos, subornou setores antes considerados progressistas e impingiu uma vergonhosa mordaça econômica a praticamente toda a imprensa.


Das metástases desse câncer avassalador o Poder Legislativo não escapou ileso. Pelo contrário: de representantes do povo, os senhores vereadores, com raras e honrosas exceções, viraram despachantes de luxo ou lobistas de seus próprios negócios, de suas negociatas junto à prefeitura municipal, chafurdando na lama o nome da instituição.


Não seria exagero comparar a atual Câmara de Cabo Frio àquele templo que, segundo as Sagradas Escrituras, foi transformado pelos fariseus em mercado livre de coisas pecaminosas. Assim é hoje o Poder Legislativo local, com seus fariseus e seus lobos devoradores travestidos de ovelhas. Sem falar das práticas, ainda mais maléficas que aquelas de dois mil anos atrás.


Há muito tempo o interesse público foi deletado do debate legislativo, substituído pelos luxuosos almoços e lautos jantares. No cardápio, além dos caríssimos vinhos importados, outro líquido precioso, o petróleo, ou melhor, uma fatia dos milhões dos royalties do petróleo.


Se hoje Jesus entrasse na Câmara de Cabo Frio (faz muito tempo que Ele passa ao largo dali), chamaria a muitos de hipócritas, de raças de víboras e de sepulcros caiados, porque são bonitinhos por fora, mas por dentro estão podres e cheiram mal. Jesus, com certeza, pegaria o chicote e meteria no lombo de cada um daqueles que profanam a casa de Deus. Sim, a Casa de Deus, já que todas as reuniões plenárias são abertas em nome de Deus, conforme manda a Lei Orgânica Municipal.


A propósito, um conselho (não meu) mas do apóstolo Paulo, aos religiosos da Casa, quer católicos, quer evangélicos, no que tange aos rumores que correm por toda a cidade, dando conta da existência de um suposto mensalinho e sobre o também suposto favorecimento de vereadores através de empreiteiras a eles ligadas: “Fujam da aparência do mal”, ensinou Paulo. Lembro também o episódio ocorrido nos anos 60 a.C., em que o imperador romano teve a mulher, Pompéia, acusada de adultério. Mesmo depois de ter testemunhado pela inocência dela por ocasião do julgamento do “Ricardão”, Cesar acabou por repudiá-la. Ao ser indagado sobre as razões do repúdio, disse: não basta que a mulher de Cesar seja honrada; é preciso que nem sequer seja suspeitada. Portanto...


Dirlei Pereira é ex-vereador.