Santa Guerra

O que assistimos na seção da Câmara Municipal de Cabo Frio do dia 14, foi uma verdadeira batalha popular pela legalidade, pelo respeito às leis e, principalmente, pela dignidade de um povo que há pelo menos seis anos vem sendo massacrado por um desgoverno, por um prefeito que olha apenas seu umbigo nos passeios de jet sky no Canal do Itajuru, ou nas incursões a bordo de sua lancha, viagens regadas por boas bebidas e farta comida adquiridas nos restaurantes do Boulevard Canal e que é chamado de vagabundo pelo presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Jorge Picciani.

Esse que ocupa atualmente a cadeira de prefeito beneficiado por decisões surpreendentes do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, que, pasmem, teve a audácia de modificar uma decisão de cassação, deixando alguns juristas abismados, ensinou e difundiu entre seus parceiros, os que integram a mesma corrente da administração municipal incentivada sempre por gordas verbas públicas, a trabalhar com arrogância e prepotência e com mentiras, conforme ficou constatado no episódio da Câmara: o Dr. Carlos Augusto Cotia, desmentiu ao vivo o assessor da Câmara Municipal, que depois de ver que suas mentiras não colaram, passou a acusar hackers por vírus nos computadores. Cômico, não é?

De outro lado, exatamente o que está depois das benesses do poder, separado por seguranças, existe um povo que se cansou de ser maltratado e vilipendiado pelas artimanhas dessa corrente política que está levando Cabo Frio a um buraco negro da economia. E este povo está dizendo basta, chega, ninguém pode ficar tripudiando, achando que esse povo não é de nada. Essa manobra articulada pelo prefeito Marcos Mendes e o presidente da Câmara dos Vereadores, Alfredo Gonçalves, tinha como objetivo alterar a Lei Orgânica do Município para tumultuar ainda mais o processo eleitoral, pois Marcos Mendes está a poucos passos de ser expulso da prefeitura por compra de votos nas eleições de 2008 e não pretende ver empossado o segundo colocado nas eleições, Alair Corrêa.

Foi declarada a guerra, santa guerra, por um povo que há dois anos espera pacientemente e ordeiramente pela decisão da Justiça, que vem atuando nos mesmos moldes dessa corrente política e que, inexplicavelmente, vem contribuindo para postergar a mudança na chefia do executivo municipal.

Por duas vezes, pelo menos, juízes do Tribunal Regional Eleitoral, usaram a tal desculpa de instabilidade política, para manter Marcos Mendes no poder. A troco de que ninguém sabe. Sabe-se apenas que foi por interesse de Marcos Mendes. Porém o que aconteceu na Câmara de Cabo Frio, esse clima de guerra na cidade, É de responsabilidade do Tribunal Regional Eleitoral do Esado do Rio de Janeiro, que vem cai na esparrela dos advogados de Marcos Mendes e toma decisões, sempre, em favor do infrator, decisões esdruxulas sobre os crimes eleitorais cometidos por Marcos Mendes, crimes que foram flagrados pelo Ministério Público Eleitoral.

Mas para nosso espanto, o Tribunal Regional Eleitoral agiu com extremo rigor com o casal Garotinho. Numa decisão surpreendente, os juízes tornaram Garotinho inelegível e tiraram Rosinha da prefeitura de Campos apenas porque Rosinha deu entrevista no programa de Garotinho. Foi só isso, perguntaria o nobre leitor? Eu afirmo que sim.

Se todo mal fosse apenas uma entrevista na rádio, seria o caso de Rosinha permanecer na prefeitura e Garotinho disputar o governo do estado.

Mas por que isso aconteceu? Analise, nobre leitor, analise porque Marcos Mendes tem contra ele mais de 400 processos, já foi cassado em 13 deles e permanece no cargo beneficiado pelo Tribunal.

O TSE deu ganho de causa a Garotinho, que será diplomado como o deputado mais votado no Esado do Rio e Rosinha volta à prefeitura de Campos. O que vocês acham disso?

Pois bem a sessão da câmara corria em meio a protestos contra essa manobra política até que um grupo de pessoas ligadas a Marcos Mendes, lideradas por Cris Mansur, a atual mulher do advogado Cláudio Mansur, forçou a entrada no plenário da Câmara onde não cabia mais ninguém. Com arrogância e prepotência achava que todo mundo devia sair da frente para ela passar e ocupar uma posição melhor. Ela acha que ta podendo?!

Houve discussão, empurrões e polícia.

O clima esquentou a partir daí, um policial sacou um spray de pimenta e lançou no ar, um cidadão que os presentes identificaram como Alexandre, dentista lotado no Ibascaf, tomou o spray da mão do policial e poluiu ainda mais o ambiente. Esse gás derrubou muita gente. Mulheres, policial e repórter desmaiaram, mulheres rolaram escada abaixo. Foi um bafafá provocado pela atitude inconseqüente e covarde desse cidadão dentista e que merece ser investigado pela polícia, afinal ele não integra nenhum quadro da segurança pública e não poderia estar portando essa arma que bem poderia ter matado gente. Será que essa era a intenção do presidente da Câmara?

A sessão foi encerrada.

O tumulto chamou a atenção do povo na rua que parou para ver o que acontecia. Vários carros de polícia com aquelas luzes ligadas dava mais ou menos um clima de Complexo do Alemão, reduto do crime organizado no Rio de Janeiro.

Se o povo toma gosto por esse determinado tipo de ação, com objetivo único de fazer valer seus direitos e sinalizar a essa corrente política e ao Tribunal Eleitoral, que não está nada satisfeito com a forma como vem sendo tratado, vamos ver a temperatura subir muito na cidade.

O povo só queria Justiça, Justiça, Justiça. Mas como houve toda essa confusão, o povo reagiu: O povo unido, jamais será vencido.

O refrão trouxe a memória belas lembranças da luta política pelos direitos individuais de um povo.

Agora sim, o Tribunal Regional Eleitoral pode dizer que existe um clima de guerra. Antes os juizes do Tribunal só ouvia a parte dos advogados de Marcos Mendes que usava tal artifício para que o Tribunal Regional Eleitoral o mantivesse no cargo. Mas depois que o Deputado Picciani chamou Marcos Mendes de Vagabundo...

Agora basta!

Boas festas a todos.

StumbleDiggTechnoratiRedditDelicious

0 comentários: